quinta-feira, 31 de julho de 2008

De boas intenções o inferno está cheio

Há muito tempo vínhamos reclamando da falta de bons restaurantes em Chapecó, SC. Cidade onde tenho uma das unidades da minha agência de propaganda. Seguido, viajamos eu e meu sócio Sávio para trabalhar na cidade e sempre encontramos dificuldades, no que se diz respeito a gastronomia.
Enfim, na terça-feira da outra semana, decidimos experimentar um novo lugar que prometia ser uma revolução no cardápio de restaurantes de Chapecó. Furada! O ambiente é agradável e é perceptível o investimento feito, o clima dourado e aconchegante te enche de esperança numa terra onde não existem bons restaurantes, o atendimento, ainda que atrapalhado, é bem feito. Mas, o grande problema é que o principal de um bom restaurante não foi contemplado: a boa comida. Começou mal, pois o lugar se propõe a fazer rodízio de massas, uma desgraça pra quem tenta manter a qualidade da comida.
Fomos recebidos com entradinhas teoricamente interessantes: brusquetas de tomate e queijo. Na verdade eram torradinhas com uma pasta seca horrorosa e mal preparada, nem a estética nem o gosto conseguiram me convencer. Em seguida, sopa no pão italiano. Mais uma vez, economia nos ingredientes e cretinice na preparação. Nos foi servido um capeletti seco dentro de um pão tipo italiano que deixou a sopa com aspecto barato e sem graça. Em seguida, salada de radicci com bacon e fatias de tomates verdes do tamanho de um CD. Um horror. Na seqüência, as massas. Todas mal executadas e preparadas com molhos prontos (polpa de tomate daquelas que se compra apenas por questão de economia). Se tratando de comida, a experiência foi pra lá de ruim e decepcionou a todos que esperavam uma luz no fim do túnel, se tratando do cenário minguado de restaurantes que a cidade tem. Sem falar nos guardanapos baratos que pareciam papel higiênico daqueles antigos dobrado ao lado do prato. Mau gosto, gente, mau gosto!
Pessoal do Cantina Grill (esse é o nome do lugar), por favor, invistam em um bom chef e reavaliem a questão do rodízio, apostando em ingredientes de melhor qualidade. Existe um público sedento por isso em Chapecó e vocês podem fazer a diferença.
Torço pela mudança!


terça-feira, 8 de julho de 2008

Fã Clube da Zezé

Há dias atrás, meu pai e eu fomos convidados para jantar na casa dos pais do Sávio, grande amigo e sócio da Yo. A cozinheira? Zezé, a mãe dele. Eu andava irritado com tantos comentários a respeito da comida da mãe do Sávio, toda merda que se comia vinha acompanhada do discurso "minha mãe faz isso infinitamente melhor". Porra, Sávio, pára de contar dinheiro na frente de pobre e me convida pra provar a comida dela, cacete! Depois de tanto chutar a canela dele, rolou a oportunidade de provar a tão famosa comida da Zezé.
Fomos recebidos com calorosos abraços e um vinho rosé de primeiríssima qualidade. Entre histórias fascinantes do tempo do guaraná de rolha e boas risadas, Zezé nos surpreendeu com uma entrada nada modesta: antipasto de pimentões assados, pão italiano e uma pasta maravilhosa de rockefort e o mais incrível azeite de oliva extra-virgem, daqueles que são turvos de tão ricos (descobri que a Zezé esconde o azeite quando o Sávio vai visitá-la. Um belo folgado que detona os melhores ingredientes da mama!). Pra continuar, uma sopinha de abóbora servida em uma charmosa mini-caneca, com queijo parmesão, salsinha e azeite. Uma delícia na porção certa pra te aquecer em um dia frio antes de um belo jantar entre amigos.
Como prato principal, cabrito assado, ravioli na manteiga com sálvia (os melhores do repertório) servidos com coelho ao molho de vinho. Eu poderia ter comido tudo de joelhos.
Zezé finalizou a orgia gastronômica com um doce fantástico de sorvete de creme, chocolate e suspiros, capaz de amolecer qualquer coração.
Enchemos a cara de vinho, daqueles porres bons de terminar a noite com confissões, boas risadas e promessas de reencontros.
Zezé e Milton, muito obrigado pela hospitalidade. Savieto, valeu o convite! De verdade, tua mãe é a melhor!
E dá-lhe Zezé!