terça-feira, 23 de junho de 2009
Sanduíche sem nome
terça-feira, 2 de junho de 2009
Nem tudo são flores na cozinha
Final de semana produtivo. Primeiro passo de uma caminhada idealizada há meses. Tudo programado para o primeiro ensaio fotográfico de um projeto pessoal no centro de São Paulo. Fotógrafo, maquiadoras, produtora, segurança... uma turminha pra ser alimentada. Essa história de projeto pessoal acaba te colocando no centro da função. Nessas, decidi fazer um lanchinho vegetariano praquele povo: legumes assados no forno com pão integral de cereais.
Preparei tudo, com a ajuda indispensável da Vanessa, protagonista de várias situações na minha vida. Estávamos muito entusiasmados com a apresentação dos Monges de Shaolin que aconteceria logo mais no Via Funchal.
_ Douglas, como tão os legumes?
_ Tão quase... deixamos mais um pouco e desligamos antes de sair.
Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Alerta vermelho!
Saímos tão excitados para a apresentação de kung fu que esquecemos todo o assado nas chamadas do bom e velho guerreiro de quatro bocas. A sugestão mais bem intencionada virou um monte de carvão no ventre do forno. Chegamos e o hall do andar estava tomado pelo cheiro de cebolas queimadas. Entramos correndo e vimos a grande merda que poderia ter resultado essa falta de atenção agravada por entusiasmo cego.
Minha criação católica caiu como toneladas em meus ombros ao ter que jogar um monte de comida fora. Ficou o aprendizado, o talento da Vanessa expresso nessa “obra” acarvoada e sua solidariedade em refazer o assado enquanto eu encarava a cama pra acordar às 3h30 da matina. No fim, me restou agradecer. De carvão ficaram apenas os legumes e os sanduíches da produção viraram sucesso de bilheteria.
Esse "manifesto artístico" ilustra o título e faz homenagem subjetiva à Baudelaire. Sim, as flores do mal!