domingo, 16 de novembro de 2008

Risoto feito em casa


Sábado foi um dia excelente.
Carol e eu acordamos com a sensação boa depois de uma noite de concerto na Sala São Paulo (evidenciada pela gostosa surpresa de ganharmos os ingressos, na boca da bilheteria, de duas senhoras pra lá de simpáticas que levaram um cano de alguns de seus convidados e decidiram nos fazer uma doação. Maravilha!).
Carol é uma grande amiga do Rio, já citada por aqui, uma mente inquieta que sempre traz bons ventos e sutilezas que enriquecem a vida. A noite foi guiada pela certeza de que pessoas do bem que emanam o bem, atraem a mesma coisa.
Perto do meio-dia ensolarado, fomos ao mercado e compramos alguns ingredientes para o almoço. Recebi um povo em casa para assistir o novo documentário de um amigo sensível e de pensamento profundo: o Ale Melo. Preparamos um risoto a la marguerita que, no fim das contas, foi coadjuvante no meio da questão emocionante colocada pelo filme: uma discussão ampla sobre preconceito tendo como base a ótica de anões. Lindo, humano e sensível.
Antes disso, abrimos uma garrafa de espumante e começamos a preparar o terreno para o arroz carnaroli entrar em ação. Cebola, alho, pimenta verde, tomilho, meia garrafa de vinho branco, tomates concassé, sal e caldo de ervas pra cozinhar o dito cujo (ferva tomilho, louro fresco e coloque um caldo da sua preferência, se achar que precisa). Pra finalizar, meio maço de manjericão, mussarela de búfala em bolas cortadas em quatro partes e uma porção generosa de queijo parmesão ralado grosso. A tonturinha do espumante deixou todos borbulhantes para uma refeição leve e saborosa, acompanhada de folhas de rúcula e cogumelos frescos no azeite e sal de roca, aguçando a sensibilidade do povo para o documentário, que veio como um sopro refrescante de um mundo que desconhecemos.
Minha casa se encheu de novas lembranças e fortaleceu a importância de estar cercado de pessoas que enriqueçam sua vida, que te questionem e te empurrem para um caminho tranformador e que te faz alguém melhor. Me tomei por um sentimento de felicidade e gratidão, entendendo que a vida muda de sabor quando decidimos fomentar as boas oportunidades.
Se quiser tentar o risoto, vai em frente, é fácil de fazer. Siga a ordem dos ingredientes que citei, frite a cebola, o alho, o arroz, coloque a meia garrafa de vinho quando tudo estiver dourando, acrescente os tomates e vá regando com o molho de ervas. Fácil, fácil. Só não esqueça de convidar pessoas interessantes que tem algo a dizer. Isso, sim, vai dar o tom da mesa.

4 comentários:

carolinacocar@gmail.com disse...

Lindo texto, lindo fim-de-semana. Obrigada por existir, em nome do mundo inteiro.
Vontade desse risoto de novo... Vou me aventurar nele em breve.
beijos e abraços

Anônimo disse...

eu adorei o risoto, o pró-seco, a companhia e o documentário.
delícia, quero masi, sempre, se não todos os dias, todas as semanas, todos os finais de semana, todos os finais de tarde...

Anônimo disse...

Eu tambem quero comer esse risoto.

Anônimo disse...

delicioso é o seu texto...
bjs saudosos.
Andrea C.