terça-feira, 15 de abril de 2008

Um pouco de São Paulo, um pouco de Brasil

Pela primeira vez em anos, acordei cedo no domingo de manhã. Pelo único e interessante motivo de fazer um passeio pelo centro de São Paulo guiado pela dona Neuza, uma senhora super simpática de 79 anos. Nos encontramos no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde ela começou a contar a história dos principais prédios e monumentos do centro, conectando-os a sua própria história de vida.
Depois de alguns passos, acordei para uma cidade que eu ainda não conhecia, mesmo morando aqui há quatro anos. Entre causos incríveis e badaladas de sinos, acabamos fazendo uma pequena parada na Padaria Santa Tereza. De origem lusitana, é considerada uma das padarias mais antigas do Brasil, fundada em 1872. Antes, ficava na Santa Tereza, uma rua que desapareceu com a remodelação da Praça da Sé, o que fez com que se mudasse para a rua João Mendes, 150, nas costas da igreja. Em 2006, foi inaugurado o segundo piso, onde tem um charmoso restaurante no estilo "São Paulo antiga", digamos assim, com assoalho de tábuas da velha guarda e fotos lindíssimas que contam um pouco da história da cidade (o elevador é uma atração a parte).
Por ser uma parada relâmpago, acabei me detendo a um quindim acompanhado do bom e velho espresso, pra dar um gás no restante da caminhada. Nada surpreendente, mas honesto a ponto de me encher de vontade de voltar.
O restaurante me parece ser um bom motivo para reunir os amigos e viver um pouco da história de uma cidade muito mais fascinante do que a maioria das pessoas poderia imaginar. Vai lá, mas não deixe de aproveitar um domingo ensolarado para tirar o mofo e dar uma boa caminhada.
Obrigado, dona Neuza!

Em tempo: jamais teria passado por essa experiência incrível se não fosse o convite insubstituível do Celo e da Lu.

Um comentário:

Douglas Téo disse...

Devo voltar atrás na indicação sobre o restaurante do segundo andar da Padaria Santa Tereza. Fomos em seis amigos pra almoçar no domingo passado, cheios de esperança pra conhecer a comida daquele lugar tão interessante. O cardápio não trazia nada de inovador, mas até aí, tudo bem. Pedimos e chegaram pratos onde a ordem era muita quantidade e pouca qualidade, ideal para um restaurante de beira de estrada, mas não para um lugar como aquele, que guarda memórias em cada fresta de suas tábuas. Uma decepção. Ficou devendo no sabor e, por isso, acaba indo muita comida fora, o que pesa na culpa católica que carrego da infância.
Então, se decidirem conhecer o lugar, peçam um café, dêem uma olhada geral e priorizem uma caminhada pelo centro. Vai ser menos decepcionante.